Ponte de Lima
Num dos cabeços mais meridionais do monte do Castelo está situado o castro de St.º Estêvão da Facha.
Apesar da área escavada ser relativamente pequena, em função do total, conseguiu-se obter uma série de elementos que consideramos importantíssimos para o conhecimento da problemática castreja desde o seu início até à miscigenação com a cultura romana.
Hoje, St.º Estêvão da Facha, apesar da sua infância em termos de divulgação, já é um clássico a quem os investigadores desta área têm forçosamente de recorrer.
A ocupação do cabeço remonta ao século VII a. C., conforme sugerem alguns materiais da área mediterrânica e outros da família hallstática caso das taças carenadas tipo "Alpiarça". É um horizonte que prima pela ausência de construções pétreas, tudo levando a crer que as habitações foram feitas com elementos vegetais reforçados a barro.
As primeiras habitações pétreas pertencem ao Horizonte IIIA, isto é, à fase mais antiga do castrejo, se considerarmos como Carlos A. Ferreira de Almeida, que só a partir do momento em que aparecem as casas feitas à base de pedra e os sistemas defensivos é que se pode falar verdadeiramente em Cultura Castreja. Antes é o período formativo, o pré-castrejo.
Estas habitações com uma estrutura feita à base de pedra miúda, partida por impacto ou fissura natural e ligadas por barro, não mostram qualquer sinal da utilização do pico. Possuem pisos de barro compacto que se estendem para fora das casas e lareiras, decoradas umas, bem calcinadas outras.
Proto-História e Romanização da Bacia Interior do Lima -1990
Carlos A. Brochado de Almeida
http://hdl.handle.net/1822/20347
http://www.museuarqueologia.pt